martes, 15 de diciembre de 2009

Ao vento

Viajar ao longe de seus olhos....
Quando nem eles podem te acompanhar.....
E ver coisas que nem eles conseguem ver.........
E sentir coisas que seria preciso 8 sentidos para todos sentir......
Em uma viagem louca, ao longe........
Pois se dessas vãs esperanças de futuros melhores..........
Encontramos sempre mundos mais podres.......
Que nossas viagens revelam cada dia mais......
É uma estreita linha que nos faz passar por sobre ela.....
Ou coloca-nos sob a mesma....
Dançando em um labirinto de cordas bamba......
Pulando por sob meus pés.............
Cavalgando nesse chão sem céu..........
Olhando essas estrelas sem luz..........
E perguntando por onde andou o cruzeiro do sul........
Relegando ao lado, um lado qualquer.....
Sendo um qualquer, substituível.....
Fazendo-se porém inesquecível......
Pois ainda lembro daquele chão sob o céu, e de estrelas luminosas......
Uma aurora boreal.......um sonho...
Inesquecível.....

jueves, 26 de noviembre de 2009

Verdades a ver navios

A dialética verdade absoluta, torna-se cada vez mais totalitária....
O benefício da dúvida, do questionamento, tornou-se hoje a arma mais suja usada........
Holocaustos, massacres, sendo amenizados, beneficiados pela dúvida......
Pacifistas morrendo mundo afora, e a dupla interpretação da história sendo utilizada como máscara.....
Máscaras para cobrir rostos dissimulados, levianos.........
O Leviatã que outrora assustava navegadores com suas mitologias....
Hoje se faz presente na mitológica verdade criada pelos estúpidos........
É estranho, triste e incomum na vida, que o silêncio se fez presente na infâmia......
O dia-a-dia massacrado, as igualdades desiguais, e a teoria submetendo à prática............
Desculpem mas não consigo compactuar com tamanha injuria.......
Me faço disperso desses erros, e busca relativos meios de chegar a sabedoria.....
Longe do senso comum, comumente deturpado..........

sábado, 17 de octubre de 2009

NOJO!!!

Agora nada mais me passa pela cabeça se não o nojo que sinto......

Nojo de ter me dedicado a ser um alguém que sempre foi tao diferente do que eu sempre fui...

Nojo pela hipocresia humana, nojo por ter sido acusado, por varias vezes humilhado.....

Quando descubro que o carrasco é quem tem a maior parcela de culpa.....

A desonestidade emana de quem jura ser honesto......

Quem nunca quis nada além de confiança, esse é relegado ao lodo........

Quem sobe em seus pedestais a olhar e julgar de cima, a resgatar bobagens de outros tempos.....

Esquece que seus tempos também não foram nada corretos.......

Que sua vida se desfaz, que seu sonho não passa de mentiras.......

Mentira vivida por uma só pessoas

Aquela que achava estar em um sonho....

miércoles, 7 de octubre de 2009

Voar perdido nos ventos!!!

(...)Diz-se, amiúde, que os anarquistas vivem em um mundo de sonhos de futuro, e não vêem as coisas do presente. Vemo-las em demasia sob as suas verdadeiras cores, e é isso que nos faz brandir o machado nesta floresta de preconceitos autoritários que nos obcecam.
Longe de viver num mundo de visões, e imaginar os homens melhores do que são, vemo-los tais como eles são, e é por isso que afirmamos que o melhor dos homens torna-se essencialmente mau pelo exercício da autoridade, e que a teoria da "ponderação dos poderes" e do "controle das autoridades" é uma fórmula hipócrita, fabricada pelos detentores do poder para fazer o "povo soberano" - que eles desprezam - crer que é ele quem governa.(...)

KROPOTKIN, Piotr. A Anarquia. Sua filosofia, seu ideal. 1908, Lisboa.


A cada reação, a cada novidade mundial, cremos menos forte a esperança, e quando no último "post", me vi de certa forma, útil novamente, para um movimento que aos poucos volta a figurar entre as novas esperanças de um mundo quebrado, destroçado pelas mãos desses "homens".

Quando por último, participei do movimento da Avaaz sobre os jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, uma mobilização pedindo aos deputados e afins, que se comprometam a utilizar os 30 bilhões com seriedade e honestidade, proporcionando condições de vida favoráveis ao povo brasileiro, escrevi ao final da mensagem, que me envergonhava de ter que pedir isso, haja vista, que o trabalho ao qual eles foram designados era esse mesmo.

Perdido nas linhas e entre-linhas de Kropotikin, encontrei as respostas para esse clamor, e reproduzi de forma mesmo que precária nessas linhas que iniciam meu texto. Sim, é o imaginário, o mito, são essas as idéias que eles lançam, utilizando do despreparo e da deseducação - proporcionada por esses mesmos - por parte da população, que as coisas chegaram a tal ponto.

A Polícia faz sua parte, o Exército a sua, o governo corre por fora e como diria o próprio Kropotkin, o grande "polvo" que é o estado enlaça suas garras na população e no mundo como um todo.

Não sei o que tanto ainda falta para algo acontecer, consciência??? motivação??? condições??? condição material (saúde, educação e etc) para que a população possa estar "inteira" para a revolução???

Ficam as dúvidas de alguns, mas pra mim a revolução já está acontecendo, quando discutimos, quando vejo tremular a bandeira anarquista, quando me encho de esperanças acerca de um futuro que não sei se acontecerá mesmo.

Ao certo sei que as borboletas já bateram suas asas e os ventos sopram indicando a formação do tornado que arrastará tudo e todos.

Saúde!!!

sábado, 3 de octubre de 2009

As Palavras as Esperanças....

A bandeira com seu grande "A" volta a tremular em meio as notícias mundo afora, uma reunião do G-20, reunião dos 20 países mais babacas do mundo, com seus representantes mais babacas ainda, se reunem para tomar "chá" (cogumelo) e conversando sobre o maior de todos os problemas social que nos assolam, o clima.


Enquanto eles discutem, o planeta aquece, as calotas polares dissolvem-se, e imbecis ainda fazem piadinhas, pois bem, sintam novamente o temor e o peso da bandeira Anarquista tremulando afora de suas janelas, ouçam a voz, pois gritamos por esperança.



Se não basta tanta exclusão força bruta e falta de dignidade, vocês ainda tentam nos jogar em um caldeirão fumegante, onde os seus belos ternos não vão derramar uma só gota de suor, mas o lugar ao sol, deu lugar ao medo deste.




Continuemos tentando, lutando, e vamos organizar uma grande "hora de acordar", movimento idealizado pelo grupo Avaaz, pedindo um pouco mais de atenção aos problemas climáticos, vamos usar as palavras e a força, e fazer mais um grito, um URRO desumano, vamos fazer AS NOSSAS PARTES.




Tão difícil acordar calado, quem dirá adormecer assim, proponho atitude e luta, proponho uma organização para gritar pelo clima, pela fome, pela saúde, por tudo.




FORTO, KREDO e LUKTO!!!




SANO!!!

sábado, 29 de agosto de 2009

Sentimento e Humilhação

Vários são os sentimentos que consomem a alma daqueles que lutam.....
Lutam por manter em pé suas vontades e evitar as doces humilhações da vida....
De uma noite onde muito poderia ter dado certo....
Onde os risos deveriam prevalecer na lembrança.....
Carinho daqueles que amam.....
Mas não, o que resta e estampa as fotos e a lembrança do sentimento....
É a humilhação sentida por não ter culpa de querer........
Querer, prever e tentar, mas na última hora, ceder......
Que triste os caminhos que nos levam a desesperança.........
A apertar a mão, a ver um beijo no rosto.......
A sentir nojo, raiva, e acabar com o completo calar de tudo isso no peito.........
Por motivos que já nem sei dizer, mas que não voltarei a sentir....
Seja culpa, dó, raiva ou compaixão, companheirismo o que quer que seja........
Isso não voltará......
Jamais de novo passara por isso...........
É essa a nova meta, o novo caminho, o novo destino......
Nunca mais cederei, a ponto de deixar aqueles que me respeitam.....
Aqueles que nasceram e viveram comigo sempre........
Para dar vazão as vontades alheias........
Seja o que quiser que pensem, falem.......
Estarei sempre disposto a brigar, para defender-me........
Defender-me de todos que buscam minha humilhação...........
Fiquem a vontade, estarei a vontade diante dos que quero........
E a vocês e seus rituais ridiculos, rezo que realizem com menos razão, e razoavelmente rirão rente a nós.........
Faço votos de despedida dessa vez por todas..........

viernes, 7 de agosto de 2009

Uma noite por aí!!!

Era uma noite de inverno e Bilo Bañoz caminhava até um botequim, onde pudesse ingerir uma bebida que lhe aquecesse enquanto expandia seus pensamentos que se transformavam costumeiramente em frases soltas, poemas e textos que fariam a mais ignóbil de todas as criaturas dar asas aos seus pensamentos...havia sempre algo a ser pensado, a ser dito, esse era Bilo Bañoz...
Um ser qualquer que vagueava em meio a destroços humanos, de vida, de concreto, de idéias, essa era a essência de tudo que se podia ver, sentir, falar, nada tinha sentido até que encontrasse um meio de inverter tudo em heranças.
Foi por meio de uma vida que não pode ser dita "normal", que Bilo Bañoz encontrou partes de uma história, de várias memórias e fez delas canções, pontes, laços, a aproximar de todos, aquilo que tantos tentam esconder.
Ver beleza onde a beleza existe é hoje o maior desafio de uma mente como a desse andante miserável, que pairante num mar de incertezas, buscou nas brumas um caminho sem volta, aquilo que lhe guia não é nenhuma ordem, nenhuma lei, o que lhe guia são os sentidos, as vontades e os ventos.
Bilo Bañoz faz das horas vidas, a andar pelas vilas de uma só vez, ao entrar nos becos, ao encontrar moribundos, faz da vida uma forma sem forma, transforma ao dará qualquer idéia, dá à criação um criador, no entanto não passa de um poeta, que sabe muito bem inventar, deixando a criação para os criadores.

Priscila e Rafael

viernes, 24 de julio de 2009

Cético

Sobre o ser...
Nada.....
Nesse espaço, o qual não posso afirmar nem que seja um espaço.......
Não encontrarás o que busca.......
Pois não faço do espaço uma caixa.........
Cheia de entulhos, não há dúvidas......
Só não considero-o uma caixa.........
Caixas guardam coisas......
Coisas que você pode achar depois.....
Aqui você não achará nada......
Existem coisas que aqui estão.....
Mas elas não serão achadas........
Ela se perderão......
Ao ser, ao amanhã, ao Deus dará.........
Mas esse espaço, que não posso afirmar ser um espaço......
Deve de nem existir..........
Assim como as flores que a música tenta me dar.......
O que serás então de tudo????
De tudo que busca e não achas aqui????
Se você procura, o que quer que procures, deixe que procures......
Como a concordância e a saliência que produzem seus lábios......
Estes que também de cá pra lá, estão em um espaço qualquer.....
Que não chega a ser uma caixa....
Pois caixas guardam alguma coisa........
E espaços guardam as caixas que guardam algumas coisas.....
Por tudo isso que te digo, que não posso afirmar, ser isso uma caixa, nem mesmo um espaço....


Mexicano

jueves, 9 de julio de 2009

Pessoas

O Poeta é um fingidor.

Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

De qualquer forma...

Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho...

Fernando Pessoa por ele mesmo, ou como Caeiro, ou como quem ele quisesse ser, pode nunca ter tido a idéia fixa de ser um poeta, muito menos de criar poetas, no entanto o que me pergunto, é porque suas linhas nos levam a vontade tão forte de fazer poemas???
Será a necessidade de encontrar-se sozinho???
De virar uma esquina e dar de cara a um beco sem fim???
A forma que toma nossas vontades, faz da vida uma Vida, ou apenas um espectro daquilo que poderia ter sido.....
Se nas linhas encontramos um poema, um verso, tanto faz, o que realmente importa, é se neles encontramos o sentimento, que a vida tem tomado....
Afinal

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Ao contrario do que se possa parecer, nessas linhas que não são minhas, nesses poemas que não são meus, os sentimentos estranhamente são meus também, e seus, e de quem mais estiver a se procurar, acha-se então.

Mexicano

domingo, 28 de junio de 2009

Um sonho!!

É agora que quero escrever, a qualquer que seja.....
Quero palavras jorrando na tela.....
Finais?? Cabimentos?? Eu quero é poder falar......
A qualquer que seja, que não sei mais o que quero.....
Que tudo que quero é ter o direito a querer......
Querer tudo..........
Ou somente uma coisa.........
Ter escolhas.......
Escrever......
É entre as palavras que me gosto, me crio, recrio e melhoro piorando.....
Pastos a saciar a fome que desse vazio emana......
Vozes a sussurrar ao pé do ouvido a que veio.....
A que busca-se......
É correndo assim atrás umas das outras, letras atrás de letras....
Como a fugirem umas das outras, que se dão sentidos vazios, sozinhos....
É dessa forma que corro atrás da vontade de parar.......
E ver dessas letras, palavras a me confortar.....
Pensando que em todos os momentos só busco o que não conheço.....
Só acredito no que não vejo......
É aí que encontro sentido........
Encontro minha árvore e minha montanha, minha noite eterna de sempre frio...
Aconchego-me junto a esse silencio.....
E o que me dói é demorar tanto na vida pra sentir o que idealizo sentir....
Quando achar minha árvore e minha montanha, minha noite e meu frio também...
E que até la eu tenho que correr, que dispensar calma e correr....
Minhas pernas porém, se cansaram de forma precoce.....
Em minha raiz o que resta é o dedilhar aguçado em busca das frases certas...
Dos escudos mais fortes e das lanças mais afiadas.....
Do veneno e do anticorpo, dispenso a cura.........
Imunidade........
Que me torna tão vulnerável.......
Vulnerabilidade que me faz sentir o vento frio e me aproxima da terra......
Pronto agora só falta sentir o resto.....

Mexicano

jueves, 11 de junio de 2009

Voilá!

À sua Visa, um humuilde
Veterano do Vaudevile, Vestido
Vicariamente como
Vítima e Vilão pelas
Vicissitudes da Vida e da Verdade

Esta máscara não é um Vão
Verniz da Vaidade, é um
Vestígio da Vox populi, agora
Vazia, Vaga esvaicida

Todavia esta Valente e
Valorosa Visitação de uma
Velha Vangloriosa Vexação, está
Vivificada e fez Voto de
Vencer os Vermes Venaiz e
Virulentos que se
Valem do Vício e
Valorizam a Violação
Violenta, depravada e
Voraz da Vontade.

O único Veredicto é a
Vingança; uma
Vendetta, Valendo um
Voto, não em Vão pois o Valor e
Veracidade de tal um dia há de
Vindicar o Vigilante e o
Virtuoso.

Em Verdade, depois desta
Vívida Verborragia tão
Vociferante, só quero dizer que é uma
Valiosa honra para mim conhecê-los e
Vocês podem me chamar de V.



Há umas provas e umas testemunhas, momentos e desinstantes......
Criações e criadores, verdade e talvez...........
Um grito de espanto, medo ou sussurro.....
Serve qualquer coisa, que se venha ou perca-se.......
Pode ser que seja só isso.....
Deve de ser um pouco de desentender...........
Coexistir.....
É tudo escolha, criado, escolhido dentro de cada um.......
Humanos em demasia.....
Um mundo lotado, poluído.....
Demasiado Humanos perdidos em sua Gaia Ciência.......
Desinstalando um pouco da loucura que nos move.....
Nos fazendo acreditar que não acreditar é o caminho.......
Faz parte de uma mente desenvolvida???
Faz parte de uma parte de gente que não sabe existir.......
É por ai que se faz do Sol uma sombra......
O sertão não virou mar, e nem o mar sertão........
As cidades viraram mar, alagadas, por uma desinstruição........
A desconsciência desmatando..........
E a natura cada vez mais louca........
A ir pra escola, reinventar o futuro.....
Perdido no erro do "modus educando" passado....
É o crime e o castigo de uma história lamentavel......
A qual somos carrascos e vítimas do mecanismo que criamos........
Que venha a criança com seu palito então......

Mexicano

lunes, 1 de junio de 2009

O Sufoco!!

É sufocante sempre fazer as escolhas erradas.....
Em momentos errados.......
Deslisar para o espaço quando você só queria estar com os pés no chão......
É ridículo sonhar.......
Fazer planos, idealizar tentar viver........
O que vale mesmo é acreditar nessa sorte tosca........
Nesse caminho torto que não te da chance nem pra se refazer....
Por mais necessário que isso seja.....
Você ver seu corpo gritando, urrando por socorro....
E o resto do mundo tomando o que te sobrou.......
A vontade de fazer seja lá o que for........
Falta o ar, sufoca os sentidos......
Escurece a visão, dói os musculos.......
É uma sensação de vida que não se vive.....
De disposição e oportunidade perdida......
De um mundo que não foi feito pra mim......
Uma realidade que faz da vida uma sombra.....
Um cinzero de ilusões....
Que são descartadas tão logo você coloca pra fora de seus pulmões.......
Vendo paralisações nos corpos brandos de quem dá tudo de si........
Estranhando a falta de ar que me é inerente............
Quando não consigo parar nem sequer para um último suspiro......
Talvez seja essas ilusões à me cercear......
Talvez seja a vida a me barrar.....
Ou minha cabeça estranhamente solta do corpo........
Se é o sufoco que me deixa "grogue"......
Se é a esperança que não chega........
Ou a sorte que e foi lançada......
Divido........
Que a sorte esteja lançada, a todos!!!!

Mexicano

miércoles, 27 de mayo de 2009

Positivismo Social!!

Excluir quem não se adapta......
No auge de uma dor lascinante....
Que minha reclamação se dava frenética....
Meu corpo já não mais aguentava.....
Quando minha vontade era retirar aquele que doia....
Que incomodava meu sono e meu dia.......
Retirar de qualquer maneira aquilo que perturbava o bom andamento do restante.....
Quando me dei conta......
Que ao fazer isso estava presando pela minha rotina....
Pelo dia-a-dia imutável que querem de nós....
Pais, padres e patrões.......
Que não mudemos nunca.....
Permanecendo em pé, seja a que custo for....
E esse que me incomodava.....
O qual havia minutos eu estava a beira de uma operação para removê-lo....
Este indesejável.......
Estava me salvando, de tudo aquilo que estava me causando dor.....
Quando parei por instantes e mesmo estes tendo virado dias.......
Eu mudei tudo, eu melhorei, acrescentei, tratei......
E digo que não foi ele que melhorou e se adequou......
Fui eu que parei de fazer sempre o mesmo.....
Me enlouquecer pelo mesmo, alegrar pelo mesmo....
Foi o meu corpo (social ou particular) que mudou.....
Sorrindo por coisas inúteis.......
Adaptando a vida que não estava sabendo viver.....
É mudando e reinventando a partir do diferente.....
Daquilo que num primeiro momento você quer jogar fora.....
Excluir, banir, em nome do 'bem maior'.......
Pois o 'bem maior' não chega excluindo o diferente......
Machucando a liberdade, até mesmo de doer.......
E mesmo quando voltei pra casa.......
Eu era outro, vi tudo e todos me viram, diferente........
As paredes não eram mais as mesmas.......
E minha cama havia mudado de lugar.......
Ainda que estranhamente tudo estivesse como antes......

Mexicano

p.s: elaborado a partir de uma conversa sem proposito com minha namorada, a qual me mostrou o que estava acontecendo, mesmo sem saber o que havia acontecido, dentro do corpo.

martes, 19 de mayo de 2009

Alvaros, Nerudas e afins

Walking Around (Pablo Neruda)

Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas,
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.
Todavia, seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.
Passeio calmamente, com olhos, com sapatos,
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas.


Dificilmente me dignaria a postar algo aqui que não fosse de minha autoria, mas se não Alvaro de Campos, Pablo Neruda ou algum desses loucos que por algum motivo resolveram compartilhar com o mundo o que pensam, é neles também que encontro dignos pensamentos que consomem e alimentam a alma.

O que seria de nossa vida se não fosse a mágica e distante presença das estrelas dos nossos sonhos??? Sentimentos e pensamento???

Não sei com que propósito me disponho a ser, existir, mas me disponho a pensar também, e compartilhar cartas e desamores...........alguns momentos como esse...andando na rua com um livro na mão, rindo sozinho das loucuras que me passam na cabeça..........

Algum dia ainda compartilho essas loucuras também

Mexicano

lunes, 11 de mayo de 2009

Tendo a Lua

De que maneira ao perscrutar a linha do infinito....
Num sol estamentado e autoritário.....
Que nunca deixa de brilhar ser imponente....
Nos queima a pele com força sobrevinda de um poder que lhe foi atribuído....
Seca as plantações, e seu excesso também nos leva a fome.....
Salvo pelas pequenas nuvens que de hora em hora....
Dia em dia, ou mesmo semanas......
Se prostam diante de sua "majestade".....
Interferindo seu curso de raios.....
Essas nuvens que de alguma forma incomodam.....
São também o equilibrio entre a força e a resistência.....
Fazem seu papel, mesmo sabendo impossivel bloquear o Sol por tempo suficiente.......
Mas até que se faça a chuva, estão ali........
E sempre voltam.........
Mesmo da tirania do Sol......
Vem as nuvens e as tempestades, perturbando a organização imposta.....
Onde o Sol brilha pra todos, porém apenas queimando a nuca de alguns........
Se não fora as nuvens, quando repousariamos na sombra???
Estariamos a ser castigados pela força initerrupta desse arbitrário......
Queimando árvores também, fonte de sossego.....
Com seu chicote de tiras de couro UVA e UVB........
Castigando a pele dos demais........
Mas que sejam as chuvas........
Que as correntezas por onde passam arrastem as diferenças.....
E nos coloquem todos sob o mesmo viaduto.......
Mas apenas com essa força podemos contar.......
Das nuvens e tempestades......
Afinal o Sol já toma mais da metade dos dias de nossas vida.......
E o céu precisa agora da Lua, que vem quando o azul do céu muda de cor....
Tudo vira do avesso, se inverte.....
Mas a beleza que existe permanece.....
Um pouco diferente.........
Mas apenas aí é que as estrelas começam a brilhar........


Mexicano

martes, 28 de abril de 2009

Vida louca, Vida!!!

Vim parar nesse mundo e...
Nem sei porque vim....
O certo mesmo, é que dele vou partir.....
E dele quero levar algo, seja uma canção.....
Seja o coração, seja doce ou só um pouco.....
Nada vale do que pensar....
E de coisas que não sei dizer....
Vi mortes e poetas.....
Poetas mortos que me ajudaram a viver....
Busquei as rimas perfeitas....
Até me descobrir sem ritmo, atravessado....
Loucuras sobre o que fiz.....
Escrevi sem saber ler.......
Fiz algo, nada muito relevante eu sei.....
Vi pais afogando filhos recém nascidos em possas d'água......
Quase me afoguei algumas vezes também.....
E desse lago raso, largo e profundo....
Te digo que me devem um peixe........

Mexicano

jueves, 23 de abril de 2009

Nenhum Nicho!!

Devéras a pergunta que me surge é se ainda encontro meu canto....
Um tanto tonto indo de canto à canto, busco meu pedaço.....
Sem encontrar além da pena que me dá pena de quem sente de mim.....
Só com a cabeça e um coração cheio de uma esperança de vívida alegria....
Sem nenhum nicho pra me atirar de olhos fechados....
Esperando o retalho das raspas que caem da mesa....
A me lambusar com aquilo que me é.....
Sem de nada procurar um algo que ainda não me é.....
Difícil mesmo o caminhar quando se está, apenas está.......
A falta que sinto de um nicho qualquer a me agasalhar nesse frio.....
A falta que sinto da pena que não quero que tenham.....
Em meio a um emaranhado de sentimentos, um fala mais alto....
Perdido nas trevas que a falta de uma mão sob seu ombro faz....
Uma mão perdida no emaranhado do cabelo.....
Agora a agredir-se a si mesmo para sufocar um tanto do descontrole que acomete....
É difícil escrever no brasileiro correto o que nem o latim arcaico consegue externar....
Um mês e mais, pra encontrar um nicho, um pouco de paz.......
Um nicho de acolhimento pra reconstruir o eu mesmo........
É o mínimo tão difícil, é a entrega tão querida.....
Uma utopia procurando seu lugar.....
Uma aceitação sem pena, uma entrega completa na alegria.....
Um nicho, apenas um nicho!!!

Mexicano

martes, 14 de abril de 2009

O precipício depois da plantação!!!

Em grande escala se planta algo útil, que nos dá cervejas, farinhas e alguns tipos de wiski. Tudo isso me encanta demais, e de alguma forma saber que depois de uma plantação tão útil vem um precipício, algo tão temível.
Não é culpa do precipício, nem mesmo da plantação, ou talvez quem dirá do velho professor de História que em princípio de alguma forma lhe falou.
É difícil entender, escutar e deslizar, quando você de algum modo não sabe que rumo aquilo vai dar, que futuro, você imagina algo tão grande e útil, frutifero, um futuro de grandes vontades, e o que te vem se não um precipício vai-e-vem que chega logo depois de uma tão útil plantação de grãos, tão uteis.
Cada um qual que entra e sai de nossas vidas, e nós que somos um qual que entra e sai da vida de tantos, e que nossa cabeça carregas as dúvidas, e planta incertezas, talvez nisso a grande certeza da vida habita.
Me pergunto ao certo onde deixei a chave que guardava minhas malas, e se vale a pena ir buscá-las, ou melhor esquecer, me pergunto o que me fez pensar e sentir como se tudo fosse apenas correr, sem parar, dormir se quer alguns instantes, de conversas rápidas, descarregar a mente, fugir antes que o dia clareie.
Entre as fumaças que cegam meus olhos, as freiras que pedem dinheiro e ciumes que tentamos fingir não ter, ligar pra ela durante o dia, a noite, os dias e as noites, parar na hora exata de dizer alô, só pra não incomodar.
Divertir-me ao correr para evitar que caiam no precipício que vem logo depois da plantação, na conversa com a inexperiência, que aflora e sabedoria da simplicidade. Deslizar pela vida, pelos ares, fazer de seu canto qualquer um lar comum, seja no banco da estação ou na mata do parque, esperando pelos patos que cairam no precipício quando eu estava distraído.
Sem saber se o carrocel girava a trazer-me minha vida de novo a vida, ou foi a chuva que fazia crescer o centeio de um campo tão belo que beirava o precipício, só sei que no final escrevi tudo de um lugar qualquer, com uma mente pensativa e um coração saudoso, de cada qual que passou na minha vida, sendo um qual que passou pela vida.

Mexicano

"O, Jenney's a'weet poor body,
Jenny's seldom dry;
She draigl't a' her petticoattie
Comin thro' the rye.
chorus:
Comin thro the rye, poor body,
Comin thro the rye,
She draigl't a'her petticoatie,
Comin thro the rye!
Gin a body meet a body
Comin thro the rye,
Gin a body kiss a body,
Need a body cry ?
Gin a body meet a body
Comin thro the glen,
Gin a body kiss a body,
Need the warld ken?"

Se alguém tiver a tradução dessa letras, poemas ou escrito do Robert Burns me mande e serei grato

viernes, 10 de abril de 2009

ÉH!!! Cadê você Dona Maria????

Ao iniciar mais um ano, mais uma luta vem a tona, uma velha luta que agora toma força e voz sobre o formato de decreto lei Maria da Penha, vendo-se como que os problemas se fechassem dessa forma. No entanto algumas dúvidas me surgem a cabeça, essa lei visa inibir a violência em todas as suas instâncias??? Ou apenas a violência contra a mulher???
Nesse em bojo me deparo com perguntas como, quem protegerá homens com problemas de violência doméstica por suas cônjuges?? Libera-se o casamento homossexual, mais uma vitória, mas quem protegerá os homossexuais que forem alvo de violência em suas relações matrimoniais??? Muitos mudam seu sexo, mas e estes, também estarão amparados na lei??
Ao ver uma entrevista com a própria Maria da Penha, uma mulher muito digna e que representa grandemente milhares de mulheres que sofrem indignamente, atrocidades cometidas por seus maridos dentro de seus lares, esta que sofreu com a violência afirma ser contra o amparo da lei para homens que sofrem dessa violência, isso me levanta a dúvida, será que um alguém que muito sofreu com violência acha justificável, ou mesmo aceitável largar a mingua outros que sofrem o mesmo tipo de violência, apenas por possuírem um órgão sexual diferente???
A violência só é sentida quando tocada em nosso ínterim, apenas quando somos vítimas, quando não passamos, sofremos, vivemos ou convivemos, as marcas quando estão no outro, quando são de outro, essas que nossa carne não sentiu a dor, nos parece apenas adornos e adereços.
Isso mostra mais uma vez a falha de nosso sistema mundial, fundado e estruturado em leis, autoridades e serventes que acotovelam-se para arrumar mais uma lei, mais uma a ser esquecida, mais uma para não amparar ninguém, afinal somos as piadas nos módulos policiais, quando reivindicamos nossos direitos.
Agora imaginemos um homossexual entrando em um módulo policial dizendo que apanhou de seu cônjuge e exigindo direito a proteção??? Ou mesmo um homem que foi violentado por sua esposa?? Hoje homossexuais e travestis que relegam-se a prostituição, são vitimas constantes de assaltos, estupros e agressão física e moral, ao chegarem às “autoridades”, são escorraçadas para fora, com descriminações de “bixinhas”, “viados” entre outros.
Hora se aqueles que vão garantir o comprimento da lei, são os priores de toda violência, de todo o problema, como poderia ser a lei o remédio?? Façamos da vida a prioridade e não da impunidade e negligencia a regra.
Um amontoado de coisas erradas permeadas por sentimentos humanos, remendados por leis humanas, envolto no manto de um sistema humano estratificado, não sabemos ao certo o que querem todos, ou o que queremos nós, mas ao certo sabemos que isso ta errado, e o erro é somente nosso.
Damos passos à frente achando que nos movemos na busca de um mundo melhor, mas em verdade o mundo só será melhor quando em sua cabeça houver consciência e não obediência, houver indignação e perseverança e não omissão.
Como esses dias eu pude presenciar na própria pele, reafirmo uma frase que diz que “a diferença entre o remédio e o veneno, é o tamanho da dose”, pensemos então, onde está o veneno nesse exato momento, no remédio das leis??? Ou no excesso da dose???

mexicano

martes, 7 de abril de 2009

Uma relva, uma selva!!!

Encontrei nas fontes uma água doce de dar dó.....
Pena que não levei dela um jarro....
Pois teria bebido dela uma jarra e meia....

Teria guardado seu sabor, teria embriagado-me....
Vislumbro dela um caminho, numa cachoeira a desembocar....
Faria um descanso a refletir.....

A relva sobre a selva....
O sol sobre o céu e uma fonte de aguá ardente....
Que de tão ardente me ardeu os dentes.....

Trouxe dela uma jarra.....
Bebi dela uma jarra e meia....
E fiquei completamente são......

Comecei a andar sem saber pra onde ia.......
Não cheguei há lugar nenhum.....
Sentei na selva sobre a relva.......

Abri os olhos e de novo era só eu.....
Com uma folha e um papel......
A escrever sobre uma fonte e uma relva.........
Deitado sobre uma calçada a passar sede......

Mexicano

(Este texto tem por finalidade, escrever o que vi nesses últimos dias, uma mulher que deitada sobre a calçada escrevia, faminta e sedenta, sobre algo que ela já havia tido, ou sonhado, tanto faz. Não sei dizer o que era, mas imagino que seria qualquer coisa como uma água doce, e uma relva macia pra dormir, mas que quando acordava lhe era relegada a ardente realidade de uma selva de pedras. Sim de uma forma ou de outra ajudei, dei tudo que tinha em meus bolsos, não apenas as migalhas, mas trouxe ela a mesa, e naquele instante ela tinha uma extranha liberdade, uma doce loucura, que eu não tenho)

lunes, 6 de abril de 2009

O passeio do anarquistazinho

Um anarquistazinho vai passeando pela rua....
Ele passeia com uma pedra na mão....
Com ela ele destrói vidros de moral.....
Ele continua com seu passeio....
E com sua mente em punho....
Ele desfaz critérios de intolerância reafirmando a liberdade.....
Em seu passeio o nosso anarquistazinho continua.......
Quebrando a razão de verdades inquestionáveis....
Transformando tudo ao avesso.....
Invertendo as edificações sociais.....
Em seu passeio ele anseia a paz......
E vai plantando flores onde os cimentos das guerras.....
Feitas por policiais, traficantes e militares....
De uma nação contra outra, de um bairro contra outro........
Plantando flores amarelas onde as balas de revolver quase danificaram os nutrientes da terra....
Infrutificando qualquer chance de liberdade......
O anarquistazinho não têm verdades, em seu passeio apenas alimenta suas dúvidas....
Dando direito ao questionamento, buscando o que não se vê.....
Ele não carrega certezas, não carregas preconceitos, e não se vê armado de nenhum prévio Sentimento, que não de indignação...
Quando atentando a qualquer ser humano seu direito de ser único....
Livre de qualquer uniforme, autoridade, imposição...
O anarquistazinho não busca de forma alguma perturbar a ordem.....
Ele procura reestabelecer a ordem natural das coisas.....
Fugir dessa desordem "democratica" que o impuseram......
Ele vê o céu azul, as pixações de gritos de socorro e acredita.....
Na mudança e na sua calça rasgada......
Quando o olham pensam que ele não sabe pra onde vai.....
Mas ele está indo buscar justiça.......
Beneficiando o amanhã, que este seja mais verde......
Indeferindo toda forma de atentar contra aquilo que vivemos....
Contra a vida........
Em seu passeio ele encontra mais pedras, mais obstáculos.....
A utopia começa em casa......
E a desesperança no dia-a-dia.........
Mas o anarquistazinho busca, tenta e inventa......
Mesmo rotulado ele ainda espera.......
E faz com que todos olhem pra ele......
Porque ele não faz o trivial.....
Ele dança sobre os palcos do tradicionalismo, proprietarismo e autoritarismo e escandaliza....
Transforma a realidade em sonho....
E o sonho, ele continua a andar nas calçadas.....
Sorrindo e sonhando, ouvindo injurias.......
Mas sua vontade de faz sempre inabalada....
Ele pixa mais um muro pedindo justiça.....
Que o menino não mais precise pedir no sinal....
Que a mulher não mais durma na calçada.....
Assim vai ele.....
Sorrindo e lendo.....
Inventando......
Vem a autoridade, eclesial, institucional, familia....
E diz que é impossivel.......
Ele......
Vai buscar!!!!

Mexicano

martes, 31 de marzo de 2009

Vou falar de "algum lugar"

Enfim passeava eu por meio de desafazeres e representações incomuns de vontades, tão comuns aos olhos da geração século XXI, ou seria a "geração palmtop" ou seja lá o que for. E eis que entre um livro e outro, umas dúvidas me surgem a cabeça, acerca daquilo que devoto maior tempo que minha cabeça me designa pensar, forma e caminhos que nos levem a outras realidades, e eu não falo de entorpecentes, falo de realizações. Quando em meio a um emaranhado de respostas imaginativas, uma solução um tanto mais palpável e intrigante me vem a mente, quando ainda em meio aos desafazeres e perdido nas representações, me deparo com um dado relevante, um conglomerado de mais ou menos 26.000 pessoas concentram-se para discutir e debater o tão temido anarquismo.
Sim e entre as mais variadas discussões, indagações e afirmação, uma pergunta me é apresentada em caixa alta "PORQUE NÃO FAZEMOS UMA REVOLUÇÃO ARMADA?", e nesse momento de tamanha indagação, eu me respondo: "Ora! Porque não se faz necessário".
Ainda que sim, concordo, que este seja um caminho inundado e ainda sem barcos, ou apenas com barcos a remo contra uma correnteza consideravelmente forte e munida de muitos ventos, eu me indago, porque não lutar contra a correnteza e a tempestade que tudo inundou, por debaixo dela, retirando os entulhos dos bueiros, e deixando escorrer a água, salvando não só os que sabem nadar mas estão ficando exaustos, mas salvar o todo, de algo profundo.
É complicado pensar que vivemos em uma democracia, e batemos no peito afirmando e legitimando orgulhosos tal sistema, quando isso nada mais é que a institucionalização da tirania, fazemos guerras para buscar a paz, em nome da democracia, demagogia é o filho primogênito desse casamento.
"A voz do povo é a voz de Deus", pois olhem sinceramente não acredito que Deus, pelo menos o qual eu acredito, daria essa mesma voz frente a toda desigualdade humana e opressão da razão, porém, com essa máxima, podres poderes ainda se estruturam, onde a "maioria vence", e aí me surgiu a maior de todas as divagações, se a maioria vence, começamos por onde??
Sim, sim, eis que me veio então uma luz, pensando em 26.000 mil pessoas que pretendem uma alteração mundial, que comecem a mudar pela realidade própria, mas como criar tudo a partir de um nada, peguemos madeiras e façamos mais alguns barcos, pensemos:
Vamos jogar, 26.000 pessoas poderiam concentrar forças muito além de representações artificiais repressoras da vontade, enquanto se acham livre por tê-las, enfim, concentremos nossos titulos obrigatórios eleitorais, em um único município brasileiro, e nos candidatemos, formemos um partido, e nos candidatemos, não será necessário nem campanha, 26 mil votos elegem um prefeito e seus vereadores, de forma incontestável pela "voz da maioria" de forma inacreditavelmente fácil. Façamos isso, e então ganhamos o jogo, pelo menos a primeira batalha que desde à muito vimos perdendo, ao intalarmos como uma "autoridade", mudemos, larguemos o povo à sua própria reflexão e sorte, lancemos apoio educacional, filosófico e motivacional, e deixemos que experimentem um pouco de razão.
Dentre tantos não lugares que encontrei ao longo do mundo e dos livros, existe um lugar algum ali, pronto a nossa frente, esperando para ser colocado a luz, sendo então o exemplo, o provador que encontramos nos mercados, enter várias marcas a serem experimentadas, seremos mais um doce sabor.
A Anarquia é possível, indiferente a sua crença nela ou não, indiferente a sua crença em qualquer coisa, ou não, o que não podemos é calar-nos, ou bastar-nos frente a representações absurdas que não passam das discussões.
Quero deixar claro que não proponho o poder, nem a ditadura do proletáriado, nem isso mesmo, proponho ganharmos pelo menos uma vez, nos instituirmos e fazermos da instituição não a afirmação, mas abandoná-la, sim, abandoná-la, desestabilizá-la, destruí-la a partir do "dar as costas" a mesma, vamos ganhar uma batalha, e se depois seremos mais 26.000 dentro de representações, e intenões, já seremos vencedores, e um dia a voz da maioria, a voz do povo, tão "respeitada" nesse palhaçaria democrática, será a voz da liberdade, e seremos um pouco mais livre, a rotular as prisões desse sistema, como UTOPIAS.

por um Mexicano que não cansa de imaginar um mundo melhor, fé em Deus e Liberdade.

serem tão opressores e submissos........
ninguem respeita o direito de escolha......
ninguem aceita as vontades dos outros.....
prontos com seus martelos a julgar quem quer que seja.....
dando veredictos malditos baseados em seus egoismos......
é no dia-a-dia daqueles que se julgam libertos de preconceitos...
que vemos a mais forte tirania......
a mais implacavel intolerancia.......
é no dia-a-dia dos "normais" que me vejo um réu......
um réu que busca liberdade que me foi tirada quando nasci.....
por toda essa podridão de (in)justiça........
seja nas mãos da opressão familiar......
institucional estatal, clerical, sistemica......
é um afogar-se em um lago raso cheio de lixos........
toda intolerancia e cegueira....
tanta hipocrisia e submissão...
de toda a massa populacional que vive isso....
a grande maioria legitima baseada na esperança de tornar-se opressor...
somos prontos magistrados do cotidiano a julgar todos...
nosso proprio ego nos faz afirmar bobagens soltas.....
leis, poderes, tudo aquilo que nos favoreça....
mesmo indo tão contra tudo que acreditamos.....
julgamos certos e errados.........
a vida infrutifera de meros réus.....
afirmando-se na postura de juris a julgar todo o mundo.....
é!!! não sei porque todos estão surdos............
mortos e putrefados no vivido engano de que lutamos contra tudo....
lutamos para igualar a humanidade.....
mas estamos sempre a postos para designarmos pesos diferentes para atitudes e pessoas iguais.....
é estranho pensar em um mundo melhor....
sendo nós tão faceis de sermos piores......
é a estranha virtude de estarmos afogando na merda....
e pisar na cabeça do outro pra se salvar....
só esperava cumplices para lutarmos em prol de uma liberdade extremada...
sem limites, sem finais.....
mas cada vez mais vejo que revolucionários de estante se fazem presente....
e comodistas ortodoxos são a maioria......
ainda que vumitem discursos prontos, de pura liberdade hipócrita....

(rafael mehret)

(não sei direito qualé o sentimento que me consome, incerteza, imprecisão, mas me sinto aprisionado em volta de um todo humano pronto a vumitar hipocrisias revolucionárias que eles nem sabem o que significa ao certo. Enquanto houver uma unica forma de opressão nesse mundo, serei contra, mesmo que isso me custe uma luta contra 6 bilhões ou mais, sozinho ou não, não aprendi a me render e que caia o inimigo então, toda mente é uma célula revolucionária, mesmo que algumas morram)

jueves, 26 de marzo de 2009

O que será que será do ser?

Nesse exato instante minha vida esta escorrendo.....
Entre sonhos que se põem com o sol de cada dia que não tenho mais tempo para ver.....
E dessa forma eu vou me perdendo de mim mesmo.....
Uma coisa extranha e um tanto louca me toma por inteiro....
Atraves dos vidros que me cercam e da vida que me destina....
Meu destino de algum modo pode ser previsto....
Tudo se determina, ao contrario do todo determinado....
Me sinto algo fora de mim mesmo.......
Pode ser passageiro ou permanente...
Mas agora parece que não vai passar.....
Em uma insustentavel leveza de ser....
Perseguindo rumos que as pedras fecham.....
Pode ser que qualquer hora, em qualquer lugar....
Em um outro momento por um outro alguem....
Deixo pra depois pensar em ser, fazer, criar e reinventar....
Por hora do que resta a todos, senão a mim, o triste fato de andar......
Que por momentos me sinto mais leve, e por horas pesado...
Suspenso e cravado longe da minha imaginação....
Longe de tudo que me faz tão bem.....
Das necessidades que vão passando.....
Tudo está passando bem diante dos meus olhos......
Que faça sentido pra alguém....
Que faça o bem pra alguém, por hora a mim, só existir....

Por Mexicano Pancho Villista sonhando com a revolução e vivendo a contradição.....