martes, 28 de abril de 2009

Vida louca, Vida!!!

Vim parar nesse mundo e...
Nem sei porque vim....
O certo mesmo, é que dele vou partir.....
E dele quero levar algo, seja uma canção.....
Seja o coração, seja doce ou só um pouco.....
Nada vale do que pensar....
E de coisas que não sei dizer....
Vi mortes e poetas.....
Poetas mortos que me ajudaram a viver....
Busquei as rimas perfeitas....
Até me descobrir sem ritmo, atravessado....
Loucuras sobre o que fiz.....
Escrevi sem saber ler.......
Fiz algo, nada muito relevante eu sei.....
Vi pais afogando filhos recém nascidos em possas d'água......
Quase me afoguei algumas vezes também.....
E desse lago raso, largo e profundo....
Te digo que me devem um peixe........

Mexicano

jueves, 23 de abril de 2009

Nenhum Nicho!!

Devéras a pergunta que me surge é se ainda encontro meu canto....
Um tanto tonto indo de canto à canto, busco meu pedaço.....
Sem encontrar além da pena que me dá pena de quem sente de mim.....
Só com a cabeça e um coração cheio de uma esperança de vívida alegria....
Sem nenhum nicho pra me atirar de olhos fechados....
Esperando o retalho das raspas que caem da mesa....
A me lambusar com aquilo que me é.....
Sem de nada procurar um algo que ainda não me é.....
Difícil mesmo o caminhar quando se está, apenas está.......
A falta que sinto de um nicho qualquer a me agasalhar nesse frio.....
A falta que sinto da pena que não quero que tenham.....
Em meio a um emaranhado de sentimentos, um fala mais alto....
Perdido nas trevas que a falta de uma mão sob seu ombro faz....
Uma mão perdida no emaranhado do cabelo.....
Agora a agredir-se a si mesmo para sufocar um tanto do descontrole que acomete....
É difícil escrever no brasileiro correto o que nem o latim arcaico consegue externar....
Um mês e mais, pra encontrar um nicho, um pouco de paz.......
Um nicho de acolhimento pra reconstruir o eu mesmo........
É o mínimo tão difícil, é a entrega tão querida.....
Uma utopia procurando seu lugar.....
Uma aceitação sem pena, uma entrega completa na alegria.....
Um nicho, apenas um nicho!!!

Mexicano

martes, 14 de abril de 2009

O precipício depois da plantação!!!

Em grande escala se planta algo útil, que nos dá cervejas, farinhas e alguns tipos de wiski. Tudo isso me encanta demais, e de alguma forma saber que depois de uma plantação tão útil vem um precipício, algo tão temível.
Não é culpa do precipício, nem mesmo da plantação, ou talvez quem dirá do velho professor de História que em princípio de alguma forma lhe falou.
É difícil entender, escutar e deslizar, quando você de algum modo não sabe que rumo aquilo vai dar, que futuro, você imagina algo tão grande e útil, frutifero, um futuro de grandes vontades, e o que te vem se não um precipício vai-e-vem que chega logo depois de uma tão útil plantação de grãos, tão uteis.
Cada um qual que entra e sai de nossas vidas, e nós que somos um qual que entra e sai da vida de tantos, e que nossa cabeça carregas as dúvidas, e planta incertezas, talvez nisso a grande certeza da vida habita.
Me pergunto ao certo onde deixei a chave que guardava minhas malas, e se vale a pena ir buscá-las, ou melhor esquecer, me pergunto o que me fez pensar e sentir como se tudo fosse apenas correr, sem parar, dormir se quer alguns instantes, de conversas rápidas, descarregar a mente, fugir antes que o dia clareie.
Entre as fumaças que cegam meus olhos, as freiras que pedem dinheiro e ciumes que tentamos fingir não ter, ligar pra ela durante o dia, a noite, os dias e as noites, parar na hora exata de dizer alô, só pra não incomodar.
Divertir-me ao correr para evitar que caiam no precipício que vem logo depois da plantação, na conversa com a inexperiência, que aflora e sabedoria da simplicidade. Deslizar pela vida, pelos ares, fazer de seu canto qualquer um lar comum, seja no banco da estação ou na mata do parque, esperando pelos patos que cairam no precipício quando eu estava distraído.
Sem saber se o carrocel girava a trazer-me minha vida de novo a vida, ou foi a chuva que fazia crescer o centeio de um campo tão belo que beirava o precipício, só sei que no final escrevi tudo de um lugar qualquer, com uma mente pensativa e um coração saudoso, de cada qual que passou na minha vida, sendo um qual que passou pela vida.

Mexicano

"O, Jenney's a'weet poor body,
Jenny's seldom dry;
She draigl't a' her petticoattie
Comin thro' the rye.
chorus:
Comin thro the rye, poor body,
Comin thro the rye,
She draigl't a'her petticoatie,
Comin thro the rye!
Gin a body meet a body
Comin thro the rye,
Gin a body kiss a body,
Need a body cry ?
Gin a body meet a body
Comin thro the glen,
Gin a body kiss a body,
Need the warld ken?"

Se alguém tiver a tradução dessa letras, poemas ou escrito do Robert Burns me mande e serei grato

viernes, 10 de abril de 2009

ÉH!!! Cadê você Dona Maria????

Ao iniciar mais um ano, mais uma luta vem a tona, uma velha luta que agora toma força e voz sobre o formato de decreto lei Maria da Penha, vendo-se como que os problemas se fechassem dessa forma. No entanto algumas dúvidas me surgem a cabeça, essa lei visa inibir a violência em todas as suas instâncias??? Ou apenas a violência contra a mulher???
Nesse em bojo me deparo com perguntas como, quem protegerá homens com problemas de violência doméstica por suas cônjuges?? Libera-se o casamento homossexual, mais uma vitória, mas quem protegerá os homossexuais que forem alvo de violência em suas relações matrimoniais??? Muitos mudam seu sexo, mas e estes, também estarão amparados na lei??
Ao ver uma entrevista com a própria Maria da Penha, uma mulher muito digna e que representa grandemente milhares de mulheres que sofrem indignamente, atrocidades cometidas por seus maridos dentro de seus lares, esta que sofreu com a violência afirma ser contra o amparo da lei para homens que sofrem dessa violência, isso me levanta a dúvida, será que um alguém que muito sofreu com violência acha justificável, ou mesmo aceitável largar a mingua outros que sofrem o mesmo tipo de violência, apenas por possuírem um órgão sexual diferente???
A violência só é sentida quando tocada em nosso ínterim, apenas quando somos vítimas, quando não passamos, sofremos, vivemos ou convivemos, as marcas quando estão no outro, quando são de outro, essas que nossa carne não sentiu a dor, nos parece apenas adornos e adereços.
Isso mostra mais uma vez a falha de nosso sistema mundial, fundado e estruturado em leis, autoridades e serventes que acotovelam-se para arrumar mais uma lei, mais uma a ser esquecida, mais uma para não amparar ninguém, afinal somos as piadas nos módulos policiais, quando reivindicamos nossos direitos.
Agora imaginemos um homossexual entrando em um módulo policial dizendo que apanhou de seu cônjuge e exigindo direito a proteção??? Ou mesmo um homem que foi violentado por sua esposa?? Hoje homossexuais e travestis que relegam-se a prostituição, são vitimas constantes de assaltos, estupros e agressão física e moral, ao chegarem às “autoridades”, são escorraçadas para fora, com descriminações de “bixinhas”, “viados” entre outros.
Hora se aqueles que vão garantir o comprimento da lei, são os priores de toda violência, de todo o problema, como poderia ser a lei o remédio?? Façamos da vida a prioridade e não da impunidade e negligencia a regra.
Um amontoado de coisas erradas permeadas por sentimentos humanos, remendados por leis humanas, envolto no manto de um sistema humano estratificado, não sabemos ao certo o que querem todos, ou o que queremos nós, mas ao certo sabemos que isso ta errado, e o erro é somente nosso.
Damos passos à frente achando que nos movemos na busca de um mundo melhor, mas em verdade o mundo só será melhor quando em sua cabeça houver consciência e não obediência, houver indignação e perseverança e não omissão.
Como esses dias eu pude presenciar na própria pele, reafirmo uma frase que diz que “a diferença entre o remédio e o veneno, é o tamanho da dose”, pensemos então, onde está o veneno nesse exato momento, no remédio das leis??? Ou no excesso da dose???

mexicano

martes, 7 de abril de 2009

Uma relva, uma selva!!!

Encontrei nas fontes uma água doce de dar dó.....
Pena que não levei dela um jarro....
Pois teria bebido dela uma jarra e meia....

Teria guardado seu sabor, teria embriagado-me....
Vislumbro dela um caminho, numa cachoeira a desembocar....
Faria um descanso a refletir.....

A relva sobre a selva....
O sol sobre o céu e uma fonte de aguá ardente....
Que de tão ardente me ardeu os dentes.....

Trouxe dela uma jarra.....
Bebi dela uma jarra e meia....
E fiquei completamente são......

Comecei a andar sem saber pra onde ia.......
Não cheguei há lugar nenhum.....
Sentei na selva sobre a relva.......

Abri os olhos e de novo era só eu.....
Com uma folha e um papel......
A escrever sobre uma fonte e uma relva.........
Deitado sobre uma calçada a passar sede......

Mexicano

(Este texto tem por finalidade, escrever o que vi nesses últimos dias, uma mulher que deitada sobre a calçada escrevia, faminta e sedenta, sobre algo que ela já havia tido, ou sonhado, tanto faz. Não sei dizer o que era, mas imagino que seria qualquer coisa como uma água doce, e uma relva macia pra dormir, mas que quando acordava lhe era relegada a ardente realidade de uma selva de pedras. Sim de uma forma ou de outra ajudei, dei tudo que tinha em meus bolsos, não apenas as migalhas, mas trouxe ela a mesa, e naquele instante ela tinha uma extranha liberdade, uma doce loucura, que eu não tenho)

lunes, 6 de abril de 2009

O passeio do anarquistazinho

Um anarquistazinho vai passeando pela rua....
Ele passeia com uma pedra na mão....
Com ela ele destrói vidros de moral.....
Ele continua com seu passeio....
E com sua mente em punho....
Ele desfaz critérios de intolerância reafirmando a liberdade.....
Em seu passeio o nosso anarquistazinho continua.......
Quebrando a razão de verdades inquestionáveis....
Transformando tudo ao avesso.....
Invertendo as edificações sociais.....
Em seu passeio ele anseia a paz......
E vai plantando flores onde os cimentos das guerras.....
Feitas por policiais, traficantes e militares....
De uma nação contra outra, de um bairro contra outro........
Plantando flores amarelas onde as balas de revolver quase danificaram os nutrientes da terra....
Infrutificando qualquer chance de liberdade......
O anarquistazinho não têm verdades, em seu passeio apenas alimenta suas dúvidas....
Dando direito ao questionamento, buscando o que não se vê.....
Ele não carrega certezas, não carregas preconceitos, e não se vê armado de nenhum prévio Sentimento, que não de indignação...
Quando atentando a qualquer ser humano seu direito de ser único....
Livre de qualquer uniforme, autoridade, imposição...
O anarquistazinho não busca de forma alguma perturbar a ordem.....
Ele procura reestabelecer a ordem natural das coisas.....
Fugir dessa desordem "democratica" que o impuseram......
Ele vê o céu azul, as pixações de gritos de socorro e acredita.....
Na mudança e na sua calça rasgada......
Quando o olham pensam que ele não sabe pra onde vai.....
Mas ele está indo buscar justiça.......
Beneficiando o amanhã, que este seja mais verde......
Indeferindo toda forma de atentar contra aquilo que vivemos....
Contra a vida........
Em seu passeio ele encontra mais pedras, mais obstáculos.....
A utopia começa em casa......
E a desesperança no dia-a-dia.........
Mas o anarquistazinho busca, tenta e inventa......
Mesmo rotulado ele ainda espera.......
E faz com que todos olhem pra ele......
Porque ele não faz o trivial.....
Ele dança sobre os palcos do tradicionalismo, proprietarismo e autoritarismo e escandaliza....
Transforma a realidade em sonho....
E o sonho, ele continua a andar nas calçadas.....
Sorrindo e sonhando, ouvindo injurias.......
Mas sua vontade de faz sempre inabalada....
Ele pixa mais um muro pedindo justiça.....
Que o menino não mais precise pedir no sinal....
Que a mulher não mais durma na calçada.....
Assim vai ele.....
Sorrindo e lendo.....
Inventando......
Vem a autoridade, eclesial, institucional, familia....
E diz que é impossivel.......
Ele......
Vai buscar!!!!

Mexicano